Num futuro próximo, numa atmosfera de ficção futurística um grupo de teatro é surpreendido por uma Medida Provisória do governo brasileiro determinando que cidadãos com traços que indiquem ascendência africana devem ser capturados e devolvidos aos seus países de origem, na África.
A decisão, a pretexto de “corrigir” o erro histórico da escravização de africanos em terras brasileiras. A medida é uma perfeita “desmedida”, bem ao gosto das distopias: um gesto típico dos totalitarismos, que planifica a vida social sem levar em conta os desejos e necessidades dos sujeitos aos quais se aplicam as decisões. Diante disto eles e elas decidem invadir um teatro e dar início a retomada Amefricana , um espécie de invocação/delírio de figuras negras e indígenas históricas, como ato de terrorismo poético. O teatro retomado vira um bunker afropindorâmico, que que transmite e recebe imagens de outras retomadas que acontecem simultaneamente no Brasil.